sábado, 13 de novembro de 2010

Cartas


Uma coisa que eu tenho saudade é de carta manuscrita. Durante toda a minha adolescência, eu troquei cartas com minha prima que mora em Belo Horizonte. Era fantástico pegar o envelope, que às vezes vinha gordinho, com fotos, figurinhas e uma vez ela até me mandou a amostra da folha de uma planta. Era para eu fazer um chá caso a menstruação atrasasse. Escrevíamos um monte de bobagens, novidades sobre namorados, o que fazíamos no dia-a-dia. Hoje, com Skype, msn, celular, a gente se fala muito menos.
Quando terminei o segundo grau, um grande amigo da escola se mudou pro Rio. Trocamos tantas cartas durante tantos anos que dá para remontar uma grande parte da história de nossas vidas apenas pela leitura das cartas. E dá pra acompanhar a evolução dos temas, comentários sobre acontecimentos, impressões sobre a faculdade, o nascimento do meu filho, a morte do Tom Jobim, escrevíamos sobre tudo. Tem uma carta enorme que cita uma greve dos Correios. Vai ver que o assunto acumulou.
Uma vez recebi uma carta toda colorida de Bangladesh, de uma menina que conheci na UnB que era de lá. Fiquei pensando na distância que a carta percorreu. Troquei cartas com um professor que foi morar em Washington, com uma amiga que foi passar um ano em Paris, com uma outra que casou com um cara em Londres, com um norueguês que gostou de mim. E teve um maluco de Nova York que cismou comigo e enviava uma carta por dia. Esse nunca obteve resposta.
Bom, tudo isso me veio à cabeça enquanto eu decorava esta caixa.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Aniversário do Daniel




Fiz 35 caixinhas do Pica Pau para a festa de aniversário do meu sobrinho Daniel. Dentro de cada uma delas, chocolates, balas, pirulitos e brinquedinhos.